Ao abrir o evento, o presidente da Anamatra, Luciano Athayde, destacou a importância da premiação, que representa o compromisso da entidade com a efetivação dos direitos humanos, no sentido de valorizar as ações desenvolvidas no Brasil pelo Judiciário, pela imprensa e pelas instituições.
“Com este ato de estímulo e de reconhecimento, pretendemos fomentar as ações na área dos direitos humanos, de modo a dar maior alcance social às boas práticas na defesa dos elevados propósitos de destacar a centralidade do ser humano no panorama das relações sociais e produtivas”, disse o magistrado.
O vencedor de cada categoria recebeu Estatueta Cilindro de Ciro e prêmio em dinheiro no valor líquido de R$ 6.000,00 (seis mil reais); os demais finalistas de cada categoria receberam premiação em dinheiro no valor líquido de R$ 3.000,00 (três mil reais) cada e placas de finalistas.
Este ano o Prêmio Anamatra de Direitos Humanos conta com o patrocínio do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga e da Empresa Brasileira de Correios de Telégrafos.
Vencedores
Na categoria “Judiciário Cidadão”, o prêmio ficou com a juíza Ziula Cristina da Silveira Sbroglio, da Vara do Trabalho de Cornélio Procópio, no Paraná. A magistrada é idealizadora do Movimento Cornélio Solidária, que trabalha com pessoas carentes no município. Foram finalistas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau, com o programa de rádio “Aprendendo Direitinho” da Rádio Justiça, e o servidor do Tribunal Regional do Trabalho 4ª Região Ari Antonio Heck, que atua na área de defesa dos direitos dos portadores de deficiência.
“O prêmio na realidade é conquistado pelo Movimento Cornélio Solidária. Para nós é muito importante dá visibilidade a esse projeto para conseguirmos ampliar tudo o que está sendo feito”, disse ao ressaltar que receber um prêmio da Anamatra significa o reconhecimento dos próprios colegas, além de estimular outros juízes no engajamento em causas sociais.
A categoria “Instituição” premiou a Fundação de Rotarianos de São Paulo, que promove no município de Cotia, em São Paulo, o Programa de Aprendizagem Profissional para Surdos e com Deficiência Física. O Comitê Pró-Infância, do Mato Grosso, e o Comitê de Cidadania contra a Fome, Miséria e pela Vida, do Rio Grande do Sul, foram finalistas.
”Estou muito feliz, porque é o reconhecimento de um trabalho que a gente faz para preparar pessoas com deficiência para o mercado de trabalho”, disse Susana Penteado, representante da instituição, ao afirmar que é muito gratificante o reconhecimento da magistratura do Trabalho.
O repórter Lúcio de Castro, do Sportv, foi o vencedor na categoria “Imprensa” com a reportagem “Escravos do Século 21, que abordou a realidade de milhares de bolivianos, vítimas de um sistema análogo ao da escravidão, nas oficinas de costura de São Paulo e Buenos Aires. Foram finalistas as repórteres Eleonora Paschoal, da Band, e Carmen Souza, do Correio Braziliense.
“Todo prêmio é uma honra, mas este particularmente é uma honra ainda maior. Toda matéria é uma garrafa ao mar que a gente solta, mas esta não poderia chegar a um destino mais exato pelo tema que envolve. Sensibilizar os juízes do Trabalho de uma instituição como a Anamatra, não podia ser uma honra maior para mim”, disse o repórter ao ser agraciado com o prêmio.
Menção honrosa
Dentre os trabalhos inscritos, a Anamatra decidiu conferir “Menção Honrosa” a dois deles. Na categoria “Judiciário Cidadão”, recebeu menção honrosa o procurador do Trabalho Antonio de Oliveira Lima, da 7ª Região, idealizador do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Peteca). A repórter Clarissa Monteagudo, autora da série de reportagens “Inimigos de fé”, veiculada pelo Jornal Extra, recebeu menção honrosa na categoria “Imprensa”.