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12 de fevereiro de 2016

Campanha de combate ao Trabalho infantil envolve veículos e profissionais da comunicação

Ativista indiano Kailash Satyarthi, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014, encerra campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil "você não vê, mas existe", no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.

A campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil-você não vê, mas existe- foi encerrada nesta semana, no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, com uma palestra do ativista indiano Kailash Satyarthi, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014.

Reconhecido mundialmente por sua atuação pela libertação de crianças e adolescentes do trabalho degradante em todo o mundo, Kailash defende uma abordagem holística para o problema. "Não adianta construir escolas se a pobreza impede a criança de chegar à escola", afirmou.

Kailash Satyarthi disse que a liberdade para ir à escola, somada ao apoio da família e a políticas públicas, é essencial para o desenvolvimento socioeconômico da criança, inclusive com efeitos diretos em sua vida adulta.

"Atualmente, existem 168 milhões de crianças trabalhando no mundo e, em regra, são parentes dos 200 milhões de adultos desempregados", observa. "O trabalho infantil tem como consequência o desemprego no futuro, portanto a sua erradicação é uma questão econômica séria".

Em relação ao Brasil, Satyarthi avalia que, apesar de mais de três milhões de crianças e adolescentes serem vítimas do trabalho infantil, o país tem boas condições de avançar nesse campo. "O Brasil tem uma legislação mais progressista do que as leis internacionais, boas políticas públicas como o Bolsa Família e instituições engajadas na causa", destacou.

A campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil 2015/2016, desenvolvida pelo Programa de Combate ao Trabalho Infantil, é uma contribuição da Justiça do Trabalho para conscientizar a sociedade.

"Nesse processo, há um enfoque especial para os setores produtivos, acerca da necessidade de enfretamento da questão, com a busca de soluções para a diminuição e posterior erradicação do trabalho infantil no Brasil", afirmou o presidente do TST e do Conselho Nacional da Justiça do Trabalho, ministro Barros Levenhagen.

A ministra Kátia Magalhães Arruda, uma das gestoras nacionais do Programa Nacional de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho, explicou por que a campanha 2015/2016 adotou o slogan "Trabalho Infantil. Você não vê, mas existe".

"Queremos que a sociedade não seja omissa", afirmou. "A campanha publicitária termina, mas o combate ao trabalho infantil continua".

No Rio Grande do Norte, a campanha contou com a adesão do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região que, por meio de sua Seção de Comunicação Social, sensibilizou jornalistas e jornais, emissoras de rádio e TV, blogs, sites e portais da internet pra conquistar a adesão da mídia a esse esforço.

A campanha ganhou o apoio do jornal Tribuna do Norte, da InterTV Cabugi, da TV Band Natal, da TV Tropical e da TV Ponta Negra, além das Tvs Universitárias, da TV Assembleia e TV Câmara.

Houve também a adesão das nove emissoras de rádio da Rede Tropical de Comunicação, da 105 FM (Metropolitana) de Ceará-mirim e de vários blogs e portais (Portal Bzzz, Agora RN, Política em foco, dentre outros), na capital e em várias cidades do interior do estado.

Fonte: Ascom - TRT/21ª Região